terça-feira, 29 de outubro de 2013

O que é feito dela? E o que você faria com ela?


Sobre Renda per Capita de Sobral; o que é feito dela? E o que você faria com ela?













Comumente nos deparamos com a “convincente” idéia de que o erário é insuficiente para atender as necessidades básicas e “avançadas” da população em geral. Será que essa afirmatização condiz com a realidade? Os impostos no Brasil são realmente escassos e insuficientes? Essas serão as reflexões inerentes a esse sucinto trabalho.
Senão, se se deparando com o quinhão total da renda Per Capita de Sobral de R$: 12.472,49; essa nos faz refletir sobre os seguintes questionamentos: o que é feito pelo poder público dessa renda Per Capita? O que um ser humano individualmente faria com essa renda sem que esse recurso tivesse que perpassar pelo Estado? A somatização de R$: 12.472,49 (dados 2012 IBGE) não dariam para compreender as resolutibilidades básicas de cada ser humano individualmente? Vamos problematizar essas questiúnculas e refletir sobre as possibilidades de solucionamentos para essas e outras possíveis indagações referente à renda Per Capita municipal.
Desta feita, vamos observar de antemão a somatízação dessa renda em âmbito nacional que é de US$: 11.875 (dados 2012 IBGE), a renda Per Capita do Estado do Ceará perfaz: R$: 9.216 (dados 2010 IBGE). Porem vai-se direcionar para a questão municipal; observando como, o que, qual, o de que se faria ou se faz? Com os R$: 12.472,49 referentes à renda por pessoa de Sobral.
Veja quadro com dois possíveis cenários de distribuição/alocação individual da renda em debate nesse trabalho:
Nome
Cenário I- assalariado= 678 R$
Cenário II – renda média= 2.444,92 R$
Saúde
Pública
150,00
Educação ¹
Pública
650,00
Transporte ¹
279,00
613,21
Transporte ²
40,66
114,37
Moradia
300,00
600,00
Lazer
20,00
120,00
Outros
20,00
90,00
Total
659,66
2.337,58
Total sobra-remuneração
18,34
107,34
Mais-Valia renda per Capita
11.794,49
10.027,57
Renda Per Capita Sobral
12.472,49 R$

  • Descrições dos cenários: Saúde- referente ao plano de saúde particular. Educação ¹- referente à mensalidade escola privada por filho. Transporte ¹- referente mensalidade de financiamento de carro popular renda média e motocicleta renda assalariada. Transporte ²- referente a custo médio com combustível. Moradia- referente a aluguel mensal. Lazer- referente a custeio com passeio e degustação petiscos.
  • Dados meramente didáticos, referenciais e medianos, haja vista, valores variarem de região a região.
  • Cabe destacar que, a renda per capita de Sobral representa a metade da renda nacional e se configura como superior a renda Per Capita do Estado do Ceará.
  • Outros dividendos e custeios com medicação, alimentação, viagens entre outros não são referenciados em razão do cerne do trabalho centrar no campo governo-governado e serviços básicos das políticas públicas.
Por conseguinte, aferindo os dados expostos, podemos compreender e visualizar uma variedade de possibilidades de como o trabalhador, poderia melhor administrar e direcionar a remuneração mensal a duras penas conquistada. Tipo: se boa parte do trabalhador assalariado dispusesse de transporte público de qualidade –em determinadas cidades não há nem de má qualidade- seria suprimido 319,66 R$ nesse caso. E mais, em conquistando a sonhada casa própria, o mesmo também economizaria significativos 300 reais, perfazendo assim uma soma de 619 reais que bem serviriam para outros meios de direcionar essa soma.
Contudo, esse mesmo trabalhador que se utiliza de saúde e educação pública tem suprimido de sua Renda Per Capita pelo Governo Municipal, significativos R$: 11.794,49 de “mais-valia”. Recurso esse, para ser gestado em serviços e políticas públicas para o bem estar do cidadão contribuinte. Como tem alcançado essa mais-valia ao cidadão? O trabalhador tem obtido retorno dessa captação da Renda Per Capita? Os governos tem bem administrado e gerido esse recurso público?
Não obstante, em relação ao trabalhador de “renda média” essa disponibilização por parte dos governos dessa mais-valia ainda se configura mais escorchante. Em virtude da assistência por parte das políticas públicas se apresentarem ainda mais distante ou não interessante pelo cidadão de “renda média”, que vendo nos serviços públicos, algo distante daquilo que poderiam atender seus anseios, têm um custeio de R$: 2127,58 com serviços básicos como saúde, educação, transporte e moradia. Cabe destacar, que esse mesmo grupo social que dispensa essa boa soma para esses referidos serviços, utiliza-se do mecanismo equivocado, haja vista, que se rende a lógica dos governos e do capitalismo em custear esses serviços, ao invés de, utilizar outra ferramenta de menor custo, que seria obter esses serviços custeados, no setor público, ou seja, lutando por serviços e bens públicos de qualidade. Visto que, já disponibiliza uma soma bem significativa de R$: 10.027,57 de mais-valia de sua renda Per Capita.
Senão, pelas condicionantes do espaço e complexidade dessa temática, cenários variados e diferenciados não puderam, ser debatidos nessa sucinta reflexão. No entanto, tenta-se nessas parcas linhas apenas principiar outras reflexões e debates referentes ao tema em diálogo. Cenários como de cidadão que por perfazerem uma remuneração mais significativa, não tem do poder público nenhum retorno direto de sua renda Per Capita haja vista que, seja rico ou pobre todos estão contemplados nessa “planilha renditícia”. Ou seja, a renda Per Capita e uma resultante da média de todos os cidadãos independente de que espaço ocupe na pirâmide social. Diante do exposto, será que essa renda não resultaria numa melhor condição de vida para o cidadão trabalhador? Com R$: 12.472,49 o cidadão sobralense não teria outra vivencia? O trabalhador não estaria em outro patamar social? Para onde tem sido direcionada essa renda Per Capita? Essa que é real, e existe de fato. Como está sendo gerida essa renda pelos governantes? Renda essa que é uma resultante dos escorchantes impostos pagos por todos os cidadãos brasileiros.
Portanto, configura-se como ato de cidadania e responsabilidade social, o acompanhamento por parte de todos, como está sendo geridos e direcionados os recursos públicos, sobretudo, o que se tem constituído ao cidadão o de que da sua renda Per Capita. Em sendo diferente ou perdurando o atual contexto, não melhor resultaria aquilo que Marx preconizava; o “fim do Estado”? E uma “alta gestão social”? Enquanto não se alcança esse estágio; resta ver, o que é feito dela? E o que você faria com ela? A tal renda Per Capita.
 

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