Memória individual e
Memória coletiva: na perspectiva de Maurice Halbwachs.
A
História Oral e Memória vêm sendo debatida nos últimos anos, na tentativa de
enfocar seu conceito afim de que possa afirmar a presença desta nos currículos
e estudos nas universidades e nas escolas.
Conforme,
Maurice Halbwachs, fundamenta-se o conceito de Memória como sendo originada em
Memórias Coletivas, ou seja, embora exista uma memória individual, esta tem sua
origem e formação nas memórias de outros espaços e seres, na comunidade, na
sociedade enfim, a memória surge do externo para o interno. Isto posto, as
memórias são seletivas, são acumuladas e rememorada a partir de lembranças
induzidas ou não (indução por meio de um filme, foto, recorte de jornal, entre
outros) que fazem com que o individuo rememore determinado evento por meio das
lembranças vivenciadas na coletividade ou em espaços sociais específicos.
Contudo,
visto a incapacidade de o ser humano memorar todas as ações pretéritas vividas.
O ser humano em sua memória pessoal tem espaços e simbologias fortificadas
forjadas na Memória Coletiva. A memória Histórica como alicerce de lembranças, seja
de um pretérito vivenciado ou mesmo imaginário, forma-se advindo de construções
da narrativa de determinado palco que o ser humano se reporta em suas
rememorações.
Portanto,
a conclusão de Halbwachs de que a memória advém de uma Memória Coletiva
(conceito bem utilizado na Antropologia) se constitui como uma definição
possível visto que, o indivíduo transpõe-se em um ser que convive em sociedade
e que a construção de uma memória histórica própria, é uma resultante de ações
vivificas na coletividade, no seio grupal, enfim, a Memória individual passa e
se compor e ligar-se em meio as Memórias Coletivas.
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