segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

A era Lula: uma despedida frustada.

A era Lula: uma despedida frustrada.

“O homem esquece mais facilmente a morte do      pai do que a perda do patrimônio.”
                                    Maquiavel

Desde a redemocratização do Brasil, a nação tem vivenciado um processo de fortalecimento das instituições públicas, estabilidade política configurando como um dos mais importantes países emergentes da atualidade.
Esse processo iniciou com a estabilidade econômica, privatização de setores de telefonia, eletricidade, minérios, abertura da economia, projetos sociais com bolsa escola e bolsa alimentação ocorridos no Governo FHC. Desta feita, o Brasil passou a se desenvolver e crescer de forma lenta e gradual. Com isso, a população passou a sentir e perceber os dividendos que há tempos esses não os obtinham.
Não obstante, trilhado esses primeiros caminhos o povo reconduziu FHC a presidência, demonstrando o regojizo e satisfação com a situação em que o país vivia. Mas, as crises econômicas mundiais e do governo fizeram do segundo mandato de FHC passar por um período de recesso e estagnação nas conquistas social e econômica de então, abrindo espaço para algo ainda não esperado pela elite brasileira, a chegada de Lula e do PT ao poder.
Por conseguinte, FHC ao passar a faixa presidencial em 1º de Janeiro de 2003 a seu sucessor Luis Inácio, uma amálgama sentimental pairou por toda a esplanada e pelo Brasil a fora. Uma série de fatos simbólicos e históricos ocorrera: o primeiro trabalhador a assumir o posto mais alto do país, a entrega de faixa por um presidente eleito democraticamente, um “partido de esquerda” chegara ao comando da nação. Porém, fora a promessa central de Lula que causava frisson e esperança por todo o país; “Se ao final de meu mandato cada cidadão brasileiro tiver a possibilidade de fazer três refeições ao dia, terei cumprido a minha missão como Presidente da República.”
Contudo, Lula teve um primeiro mandato difícil, apesar de manter os pilares da política econômica e social de FHC, conviveu envolto de uma enxurrada de denuncias de corrupção em seu governo. Mas, mesmo assim, o povo o outorgou, mas quatro anos de mandato e uma nova fase de estabilidade e crescimento econômico e social ocorrera no segundo mandato Lula. “Crescimento nunca alcançado na História desse país” parafraseando o presidente. Porem, esses avanços são questionados por uma pequena parcela da população brasileira.
Nesse ínterim, ajustes fiscais, investimentos na construção civil, ampliação do crédito, PAC, incremento do Programa bolsa família, crescimento econômico fizeram da Era Lula e do presidente um dos mandatários da nação com maior aceitação, mais de 87% de satisfação popular. Mediante tamanha popularidade, Lula conseguira eleger a sua sucessão um “poste”, parafraseando uma ilustre petista cearense. Lula elegeu uma pessoa tão insípida, inodora que nem mesmo a fato de ser a primeira mulher eleita Presidenta do Brasil, sua ascensão fora capaz de se assemelhar, óbvio que seria algo pouco provável, a chegada do “Zeus Lula”, amargando desde a sua escolha e candidatura a entrega de faixa, a condição de sombra frente ao impoluto Zeus Lula.
Entretanto, “nunca na História desse país” um presidente deteve as condições favoráveis a realizar um projeto e promessas eleitorais como na Era Lula. Apesar de Luis Inácio deixar o poder com toda pompa, aceitação memorável sua saída fora frustrada por não ter cumprido a promessa central de seu primeiro dia ao chegar ao poder.  
Enfim, o “Zeus Lula” que acreditava ser o escolhido, o único, o “cara” aquele dotado de todas as condições pessoal e moral para realizar aquilo que os outros homens dessa nação não detinham para fazer o que tinha que ser feito. Mas, este não foi capaz de cumprir a promessa de ofertar a cada cidadão brasileiro, “três refeições ao dia”. Ou seja, não adianta toda a farsa e simulacro lulista, sua saída foi frustrada por sua soberba, suas próprias promessas e palavras.

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