Cid Gomes: Educação, Memória e a SAFS
Ao
ver a entrevista do atual Ministro da Educação se referir aos seus genitores
como referencial de berço como incentivo para trabalhar na transformação da
educação e condições na atividade docente, remonta-nos a reflexão de “quem não
te conhece que o compre.”
Entrementes,
as memórias e histórico das relações entre Cid Gomes e os profissionais da
educação são conflituosas desde os tempos de Prefeito de Sobral, a cujo
instituiu o famigerado contrato temporário “Ad-Eterno”. No Governo do Estado o histórico
de opressão e truculência ao Movimento grevista dos professores simboliza a
visão pedagógica de Cid Gomes. Do mesmo modo, em relação às universidades
estaduais UVA, UECE e URCA dispensam comentários haja vista, as referidas
instituições se encontrarem em plena Greve e findado o mandato de Cid Gomes, o
mesmo desconsiderou o movimento e as problemáticas do Ensino Superior do Ceará.
Contudo,
a entremez cidista tem seu cume no tocante a memória e trabalho social de sua
genitora Maria José Santos Ferreira Gomes. Porquanto, pra se ver quão estimados
pra Cid Gomes sua matriarca, basta conhecer a memória da ONG Sociedade de Apoio
a Família Sobralense-SAFS, situada no bairro Dom José, Sobral-Ce a cujo
prestava relevantes trabalhos sócio-educativos as crianças, jovens e familiares
das comunidades Dom José e Sumaré, em sendo compreenderás o quanto o Ministro
da Educação tem desvelo pela memória e seus ascendentes direto, sobretudo, de
sua matriarca.
Todavia,
a SAFS, fora o mais efetivo projeto social estabelecido na Princesa do Norte no
que se refere às comunidades do Sumaré e Dom José, capaz de ter promovido
resultados suntuosos nas áreas da educação, saúde, insegurança pública e
alimentar, conflitos urbano-sociais, infra-estrutura, habitação entre outros. Esse
mosaico de ações sociais promovidos por uma ONG apenas com apoio de segmentos
internacionais e quase sem nenhum apoio do poder público.
Não
obstante, dona Maria José a frente da referida ONG obteve importante
visibilidade e estima na referida urbe marginal, bem anterior a sua prole se
tornarem lideranças e coronéis políticos. Dona Maria José era a matriarca dos
bairros Sumaré e Dom José, que os digam os senhores Sinfrônio Muniz e Arteiro
Ferreira.
No entanto,
com a ascensão política de seus pupilos, o que parecia um divisor de águas, um
período de expansão do modelo de promoção social consolidado, passou ao estado
de escassez e definhamento da SAFS e com isso veio o lúgubre da memória de dona
Maria José no consciente coletivo social das referidas comunidades periféricas sobralense.
Portanto,
equivocam-se quem está esperançoso e se estabelecer transformações no contexto da
educação nacional, haja vista, o Dédalo que a Presidente Dilma conduziu o
magistério brasileiro, pode-se preparar o ataúde da educação brasileira.
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