terça-feira, 13 de janeiro de 2015

CID GOMES: EDUCAR PELA VOCAÇÃO OU APTIDÃO?

EDUCAR PELA VOCAÇÃO OU APTIDÃO?
Novo Ministro da Educação Cid Gomes buscando minimizar declaração infeliz; “Professor tem que trabalhar por amor e não por dinheiro”, diz que esse para estar no serviço público tem que ter vocação. Será? Basta apenas ser vocacionado?
Segundo, o dicionário Silveira Bueno; vocação significa tendência ou inclinação; talento. Vocação é um termo derivado do verbo no latim “vocare” que significa “chamar”. Seguindo a corrente de pensamento do novo Ministro da educação, do segundo mandato da Presidente Dilma Rousseff, se se faz necessário ser vocacionado pra lecionar, ou seja, ter inclinação ou talento pra realizar essa relevante atividade profissional. Nada obsta, será que Cid Gomes estaria correto em sua compreensão pedagógica? Basta apenas ter vocação?
Entrementes, será que Airton Senna detinha apenas vocação para o automobilismo? E o seu talento era algo nato? Um chamado para a velocidade? Na mesma linha de pensamento, será que Juscelino Kubitschek tinha duas vocações, uma pra política e outra pra medicina? Será que Tim Maia tinha um chamado nato pra música soul que sua estadia na terra do Tio Sam em nada mudaria sua unicidade musical? Partindo dessas premissas vamos aferir a relação profissional versus magistério pelo prisma da aptidão.
Desse modo, segundo, o mesmo dicionário supracitado, aptidão significa qualidade do que é apto, capacidade, habilidade, disposição. “Aptidão é um substantivo feminino que nomeia a capacidade daquele que está apto, ou seja, daquele que tem habilidade de realizar uma tarefa de forma correta”, vem do latim “aptitudine” que significa “capaz de.” Isto posto, pra “professorar” se faz mais necessário, ter vocação ou aptidão? Seria mais relevante uma educação ministrada pela vocação ou pela aptidão? Senna, JK, Tim Maia detinham apenas talento ou também, capacidade, habilidade, disposição, ou seja, foram “capazes de” fazerem História por uma tendência nata ou adquirida?
Contudo, compreendo que vocação são apenas inclinação e o que tem maior relevância na execução de determinada atividade profissional, sobretudo, professor, é a aptidão, ou seja, o conhecimento e habilidade adquirida. Nada obsta, se se bastasse vocação, a sua excelência o Ministro Cid Gomes não chegaria aonde chegou, não alcançaria nem mesmo a condição de vice-prefeito talvez (certa feita, o guru de Cid Gomes, seu irmão Ciro Gomes falara que esse não gostava de política e o incentivou a ingressar na vida pública), haja vista, esse não ter seguido sua "vocação."
Enfim, percebe-se que como Ministro de uma das mais relevantes pastas pública, a educação, Cid Gomes é um “ótimo” engenheiro. Esse detém concepções equivocadas e desconexas, que não atendem as necessidades para o enfrentamento da precarizada e falida Educação Nacional. Então, Sr. Ministro vamos educar pela vocação ou pela aptidão?

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