EDUCAR PELA VOCAÇÃO OU APTIDÃO?
Novo
Ministro da Educação Cid Gomes buscando minimizar declaração infeliz;
“Professor tem que trabalhar por amor e não por dinheiro”, diz que esse para
estar no serviço público tem que ter vocação. Será? Basta apenas ser vocacionado?
Segundo,
o dicionário Silveira Bueno; vocação significa tendência ou inclinação;
talento. Vocação é um termo derivado do verbo no latim “vocare” que significa
“chamar”. Seguindo a corrente de pensamento do novo Ministro da educação, do
segundo mandato da Presidente Dilma Rousseff, se se faz necessário ser
vocacionado pra lecionar, ou seja, ter inclinação ou talento pra realizar essa
relevante atividade profissional. Nada obsta, será que Cid Gomes estaria correto
em sua compreensão pedagógica? Basta apenas ter vocação?
Entrementes,
será que Airton Senna detinha apenas vocação para o automobilismo? E o seu talento
era algo nato? Um chamado para a velocidade? Na mesma linha de pensamento, será
que Juscelino Kubitschek tinha duas vocações, uma pra política e outra pra
medicina? Será que Tim Maia tinha um chamado nato pra música soul que sua
estadia na terra do Tio Sam em nada mudaria sua unicidade musical? Partindo
dessas premissas vamos aferir a relação profissional versus magistério pelo
prisma da aptidão.
Desse
modo, segundo, o mesmo dicionário supracitado, aptidão significa qualidade do
que é apto, capacidade, habilidade, disposição. “Aptidão é um substantivo
feminino que nomeia a capacidade daquele que está apto, ou seja, daquele que
tem habilidade de realizar uma tarefa de forma correta”, vem do latim
“aptitudine” que significa “capaz de.” Isto posto, pra “professorar” se faz
mais necessário, ter vocação ou aptidão? Seria mais relevante uma educação ministrada pela vocação ou pela aptidão? Senna, JK, Tim Maia detinham apenas talento
ou também, capacidade, habilidade, disposição, ou seja, foram “capazes de”
fazerem História por uma tendência nata ou adquirida?
Contudo,
compreendo que vocação são apenas inclinação e o que tem maior relevância na
execução de determinada atividade profissional, sobretudo, professor, é a
aptidão, ou seja, o conhecimento e habilidade adquirida. Nada obsta, se se
bastasse vocação, a sua excelência o Ministro Cid Gomes não chegaria aonde
chegou, não alcançaria nem mesmo a condição de vice-prefeito talvez (certa
feita, o guru de Cid Gomes, seu irmão Ciro Gomes falara que esse não gostava de
política e o incentivou a ingressar na vida pública), haja vista, esse não ter seguido sua "vocação."
Enfim,
percebe-se que como Ministro de uma das mais relevantes pastas pública, a educação,
Cid Gomes é um “ótimo” engenheiro. Esse detém concepções equivocadas e
desconexas, que não atendem as necessidades para o enfrentamento da precarizada
e falida Educação Nacional. Então, Sr. Ministro vamos educar pela vocação ou
pela aptidão?
Nenhum comentário:
Postar um comentário