Cid Gomes: "Nunca na minha vida traí ninguém"; SERÁ?
Em
entrevista realizada na tarde da última terça-feira (19.02.2014)
passada o eminente governador Cid Gomes tergiversando sobre o
processo político eleitoral vindouro e as articulações possíveis
pra tal pleito, cita que; “nunca
na minha vida traí ninguém”.
Será?
Como
diz Hannah Arendt: “o poder
nunca é propriedade de um indivíduo; pertence a um grupo e existe
somente enquanto o grupo se conserva unido.”
Sabe-se por essas terras (Terra de D. José) que o maior temor da
vida de Cid Gomes - dito outra feita por ele mesmo-, que seu maior
temor em vida é o de perder uma eleição. Igualmente, na iminência
do rompimento do grupo que dar sustentação ao clã cidista, ao que
parece o chefe do referido clã se refugia no cinismo ilusório, no
lapso da reminiscência e numa pretensa polidez balzaquiana.
Entretanto,
comumente se é percebido que o discurso e a prática se constituem
algo que não se alinham, ou melhor, distanciam-se em se tratando do
cacique do cidismo. Como diz Honoré de Balzac; “não
basta ser uma pessoa correta. É preciso também demonstrá-lo.”
Se se percebe á retina límpida que as ações e práticas desse
desgoverno cidista que tem na insegurança pública, o principal
cancro venéreo figurativo dessa indigestão.
Cid Gomes foi erigido à governança cearense, tendo como principal
plinto eleitoral, O Programa Ronda do Quarteirão, que foi projeto
que se constitui o símbolo do fracasso do desgoverno cidista. Já
começou traindo a turba cearense impoluto governador.
Contudo,
ver-se que o senhor Cid Gomes em sua referida entrevista teve um
lapso reminiscente, ao não recordar aquela que talvez seja a mais
simbólica demonstração de traição e, como ele mesmo cita: “votei
sem me comprometer, por gratidão, que é um valor que eu cultivo e
quero cultivar sempre”, ingratidão por parte do clã cidista, que
foi a punhalada dispensada ao Senador Tasso Jereissati. O
ex-governador Tasso Jereissati foi aquele que, quando os FG’s nada
eram ou pouco tinham, os fez ascender na vida pública estadual e
nacional. Conta o Sr. Robertinho
do Torto que, quando do período
de maior turbulência da política sobralense - no período de
1993-1994 da gestão de Ricardo Barreto-, o Senador Tasso foi ator
principal e teve papel relevante nas ações de deposição do então
Prefeito Ricardo Barreto - esse evento foi preponderante para
usurpação da cidade de Sobral pelo clã cidista-, diz Sr.
Robertinho do Torto: “vi quando
da derrota de Pimentel Gomes, primo de Cid e Ciro Gomes para o Dr.
Ricardo, Tasso Jereissati disse que, seria questão de honra se opor
ao Prefeito Ricardo Barreto; depois desse dia, nunca mais votei no
Tasso Visto tamanha injustiça.”
Ao que se ver a fidelidade e carinho que tinha o eminente Senador aos
irmãos FG’s eram bem evidenciadas. Porém, mesmo assim na eleição
de 2010, Cid Gomes trabalhou fortemente para a derrocada do “galeguim
do zói-azul”. Numa simbólica demonstração de mais uma de suas
traições. Como disse Mariano da Fonseca, o marquês de Maricá; “há
homens que são de todos os partidos, contanto que lucrem alguma
coisa em cada um deles.” Essa
tem sido a tônica do atual gestor do estado do Ceará e sua súcia.
Não
obstante, diz Christopher Lasch: “o
cinismo confunde ilusões de grandeza, que exigem correção
terapêutica e moral, com a própria grandeza.”
Numa “sociedade desavergonhada” talvez o cinismo de Cid Gomes
tenha algum período de sobrevida, porém, com brevidade de
existência, pois, logo ela se enodoa em sua própria teia ilusória
e demonstra no “desenrolar do pacote”, o seu “concreto
pensado”, as suas reais intenções. Foi assim quando das relações
com o Senador Tasso Jereissati, com a ex-prefeita “Loura Lins” e
tem como próximo sacrificado ao afã cidista, o Senador Eunício
Oliveira. Já que este certamente não terá o apoio do clã cidista,
em virtude do erigido prosista já está se constituído desde 2010 -
o preterido de Cid Gomes será Leônidas Cristino-, não sendo
possível tal tribo apoiar Eunício em seu intento. Isto posto, a
tática cidista de deixar pra última hora, a divulgação do nome
escolhido pela situação que estabelecerá o continuísmo desse
desgoverno, se constitui uma indelével sinalização que não tem
conversa, o erigido já está na cartola e que quem dar as cartas é
o todo poderoso autocrata.
Portanto,
o inane desgovernador Cid Gomes, citar que não aceita a percha de
traidor, e que ele é seu metier político se constitui um poço de
“Nuda Veritas”, soa diante do exposto, como uma falácia para
“boi-ninar”, ou um cinismo de pouca valoração. Com diz Lasch:
“a falta de vergonha é uma
formação de reações contra a vergonha, uma tentativa rebelde,
contra-fóbica para negar e superar um profundo medo interior da
fragilidade.” Enfim, eminente
governador Cid Gomes, pouco adiantará, a sua excelência, negar esse
profundo medo interior duma possível derrocada eleitoral vindoura.
Pode preparar o seu ataúde político, pois a turba está por
derrubar a muralha de seu império e destroná-lo. Essa é a “NUDA
VERITAS.”
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